26/12/2025

Good morning, Brasil.

Provavelmente estamos diante da sexta-feira mais tranquila do ano. Muita gente já em viagem ou em casa aproveitando o clima de fim de ano. Mas por aqui, seguimos firmes.

Enquanto isso, um assunto que definitivamente não entrou em recesso é o Caso Master. Os desdobramentos vindos de Brasília têm preocupado o mercado e a sensação é de que o cerco está se fechando por lá.

Ainda vamos falar mais sobre isso antes do ano acabar. Mas, para equilibrar o clima da semana, o Paper of the Day de hoje traz uma análise do que pode mudar a forma como os brasileiros viajam pela América do Sul nos próximos anos.

Aqui está o seu THE PAPER de hoje.

📎 Read: Como o bilionário fundador do Telegram teve mais de 100 filhos pelo mundo (InvestNews)

▶️ Watch: R$ 3 bi, carros de luxo, briga familiar: o caso que expôs um dos investidores mais discretos do país (Times Brasil)

#️⃣ Stat: De Rappi a QuintoAndar — os 10 unicórnios mais valiosos da América Latina em 2025 (Bloomberg Línea)

🧊 Ice Breaker: Apostador levou sozinho prêmio de US$ 1,8 bilhão de loteria nos Estados Unidos (Forbes)

ANTES DO SINO

Fechamento 25/12/2025 — (19:00)

PAPER OF THE DAY

De Congonhas para Buenos Aires?

Isso não é só uma curiosidade de aviação: é uma decisão que mexe com tempo de deslocamento, preço de passagem, concorrência entre aeroportos e até com a competitividade de São Paulo como hub de negócios.

Um aeroporto internacional a 15–20 minutos da Faria Lima

Hoje, para pegar um voo internacional, quem está no centro expandido da cidade normalmente precisa rodar 30–40 km até Guarulhos com um trânsito imprevisível e trechos perigosos.

Congonhas está a cerca de 8/10 km do centro financeiro de SP, com isso:

  • deslocamentos podem cair para 20–30 minutos;

  • mais previsibilidade para viagens regionais de trabalho;

  • e a integração com a Linha 17-Ouro do metrô a partir de 2026, aumenta ainda mais as possibilidades de transporte.

Mais concorrência = mais oferta e pressão por preços

Com Congonhas na disputa, rotas como: Buenos Aires, Santiago, Montevidéu e Lima ganham mais aeroportos competindo, mais horários e novos modelos de operação. Quando aumenta a oferta de assentos, a tendência é o preço ficar mais competitivo, mesmo que em janelas específicas do dia.

Para o consumidor, isso significa mais escolha real.

Além disso, esse movimento deve ser positivo para a aviação executiva, que hoje precisar sair de Guarulhos ou São Roque para voos internacionais.

Ampliação de Congonhas (Imagem: Aena)

A obra que muda o patamar do aeroporto

O novo terminal vai mais que dobrar de tamanho, chegando a cerca de 105 mil m². Isso significa mais espaço para check-in, segurança, restaurantes, salas VIP, áreas de convivência e circulação — reduzindo os gargalos históricos que quem viaja sempre já conhece bem.

A quantidade de pontes de embarque sobe de 12 para 19, o que finalmente deve diminuir o embarque remoto de ônibus (principal ponto de reclamação dos passageiros). O pátio também será ampliado e modernizado para receber aeronaves maiores e mais eficientes, como os novos A321neo e 737 Max (Já em operação pela GOL), com mais assentos e alcance para as operações internacionais.

Para fechar: curiosidades

Congonhas já foi o aeroporto internacional de São Paulo.

  • Até 1985, voos internacionais chegavam por ali.

  • Pan Am, Air France, Aerolíneas, Pluna e outras companhias histórias já pousaram no bairro do Campo Belo.

  • Na década de 80, a Transbrasil chegou a operar um Boeing 767 em voos de Congonhas para Orlando via Galeão na ida, e na volta retornando direto para CGH.

  • Um voo “clássico” era a ligação entre Congonhas e o Aeroparque, em Buenos Aires, muitas vezes operada pelos jatos 727 da Aerolíneas.

Agora, quase 90 anos depois da inauguração, o aeroporto mais paulistano do Brasil se prepara para recuperar o sobrenome “internacional”, com muito mais tecnologia, eficiência e conforto.

HEADLINES

World Big News:

  • Coreia do Norte avança na construção de seu primeiro submarino de propulsão nuclear (Euronews)

  • EUA lançam ataques contra terroristas do Estado Islâmico na Nigéria, diz Trump (g1)

  • Turquia detém 115 suspeitos de Estado Islâmico por “planejamento de ataques de Ano Novo” (BBC)

  • Papais Noéis esquiando na água e enormes pedaços de carne: o Natal ao redor do mundo (BBC)

Governo, Tesouro, BC e Brasília:

  • Em carta, Bolsonaro confirma pré-candidatura de Flávio à Presidência da República em 2026 (g1)

  • Moraes ligou 6 vezes em um dia para Galípolo sobre Master, diz jornal; ministro nega telefonemas (Valor)

  • Acareação convocada por Toffoli deve mirar atuação do Banco Central no caso Master (Folha)

  • Prefeito, vice e vereadores são presos por corrupção no Maranhão; desvio passa de R$ 56 milhões (g1)

Faria Lima, Wall Street, Euro, Ásia:

  • Fundo imobiliário da TRX capta R$ 3 bi na maior operação do segmento (Pipeline Valor)

  • Disney supera US$ 6 bilhões nas bilheterias e vive melhor ano desde 2019 (Forbes)

  • Na Nike, Tim Cook vai às compras e dobra participação (InvestNews)

  • Mattel vs. Hasbro: disputa dos brinquedos vai além do Natal e chega a Wall Street (Bloomberg Línea)

  • Magnata de Hong Kong busca remodelar império com IPO e venda de portos e telecom (Bloomberg Línea)

Economia Real e Commodities:

  • Réveillon do Rio pode injetar R$ 3,34 bilhões na economia da cidade (Agência Brasil)

  • Turismo de verão no Brasil deve bater recorde histórico, projeta FecomercioSP (Times Brasil)

  • Franqueada da Skechers entra em recuperação judicial e acusa franqueadora de má-fé (Folha)

Tech, Silicon Valley, Startups, Criptos, VC:

  • A onda de gastos com inteligência artificial impulsiona a emissão global de “dívida tecnológica” a níveis recordes (Reuters)

  • Nvidia adquire os ativos da startup de chips de AI Groq por cerca de US$ 20 bilhões, em sua maior transação da história (CNBC)

  • Setor de tecnologia dos EUA ainda sofre com falta de insumos chineses de terras raras (InvestNews)

Deals, M&A e Private Equity:

  • BP vende controle da Castrol por US$ 6 bilhões em esforço para reduzir dívida (Bloomberg Línea)

  • Honda compra fábrica de baterias da LG nos EUA em acordo de US$ 2,9 bilhões (Bloomberg Línea)

GRÁFICO DO DIA

Para ficar de olho: As taxas de obesidade estão diminuindo nos EUA, mas os diagnósticos de diabetes estão aumentando.

Quatro anos após seu lançamento inicial como tratamento para diabetes, o Ozempic se tornou um nome familiar quando os agonistas do GLP-1 foram aprovados pelo FDA para perda de peso em 2021 — provocando um fenômeno financeiro, cultural e social global (Sherwood)

MEMES SESSION

“Vou fazer home chefe”

AGENDA

Segunda 22/12: PIB (GBP); PCE (EUA)

Terça 23/12: IPCA-15 (BRA); PIB (EUA); Confiança do consumidor (EUA)

Quarta 24/12: Pedidos iniciais seguro desemprego (EUA)

Quinta 25/12: Natal

Sexta 26/12:

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